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15.07.2013"Para Poe" da Companhia Transitória é a atração do Teatro Novelas Curitibanas
O que arte, crise e vazio existencial têm em comum? Esse é o mote do espetáculo Para Poe da Companhia Transitória, em cartaz no Teatro Novelas Curitibanas. A peça coloca em cena personagens inusitados para uma discussão de questões filosófico-existenciais ambientada nos anos 1980 para, com humor e ironia, abordar as interferências do universo pop na nossa sociedade. Para Poe é um espetáculo contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012, obra de criação coletiva dos artistas Clarissa Oliveira, Erick Alessandro, Patrícia Cipriano e Thiago Inácio.
O espetáculo se constrói a partir do processo colaborativo e contou com a direção de atores de Mariana Zanette. A montagem partiu de uma série de referências da cultura pop para abordar o absurdo: da melancolia romântica da literatura de Edgar Allan Poe como ambientação do espetáculo, passando pelo movimento gótico da década de 1980, pela estética de George A. Romero até o seriado The Walking Dead. Com texto de Clarissa Oliveira e Thiago Inácio, a dramaturgia questiona a sensação de vazio e apatia causada pelo distanciamento de corpos, frutos da era da globalização.
“A sobreposição de tantas referências não acontece por acaso. A ideia é criar uma síntese deste mundo de pastiches e clichês em que estamos mergulhados, se utilizando de referências de nossa época. É a linha tênue entre o risível e o melancólico, que é justamente nossa crise constante,” comenta Clarissa Oliveira, intérprete-criadora e uma das dramaturgas do espetáculo. Para Thiago Inácio o texto e criação de todos na equipe caminharam juntos e foram essenciais para o resultado. “O processo revelou o humor e ironia como potentes ferramentas, capazes inclusive de questionar a condição do artista e da própria arte. O público se diverte ao acompanhar as situações ridículas em que as personagens se colocam,” complementa.
A peça é uma comédia irônica em que a personagem Siouxsie se alimenta de um amor platônico idealizado pelo seu zumbi, que na verdade não passa de uma projeção de si mesma, dos seus traumas e crises, enquanto Edgar, o cérebro gigante, funciona como a voz da sua consciência e o Cara de Chapéu transita pela cena como criação de um universo misterioso, o anti-herói que volta em flash backs costurando o espetáculo com cenas construídas por meio das lembranças de Siouxie.
Para Poe
Texto: Clarissa Oliveira e Thiago Inácio
Uma peça de: Clarissa Oliveira, Erick Alessandro, Patrícia Cipriano e Thiago Inácio.
Data: 4 de julho a 4 de agosto. (5ª feira a domingo)
Horário: 20h
Local: Teatro Novelas Curitibanas
Ingresso: gratuito
Classificação: 18 anos
Autor: Assessoria de imprensa da FCC
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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