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16.10.2019Estudantes conhecem as aventuras do pirata Zulmiro
Cerca de 300 estudantes das escolas municipais Noely de Ávila e Dom Manuel da Silveira D'elboux foram apresentados, nesta terça-feira (15/10), no Memorial da Cidade, às aventuras do pirata Zulmiro. O relato ficou a cargo do pesquisador curitibano Marcos Juliano Ofenbock, autor de um livro sobre o personagem.
O escritor diz possuir elementos suficientes para afirmar que Zulmiro viveu parte da vida e morreu em Curitiba e foi ninguém menos que o último pirata do século 19.
Conhecedor da história e das lendas sobre a cidade, o prefeito Rafael assistiu à apresentação. “O pirata Zulmiro deixou a lenda urbana para entrar na história e veio fazê-lo no Memorial da Cidade”, disse o prefeito.
Há cerca de 20 anos, o prefeito recebeu Ofenbock em reunião, pela primeira vez, para ouvir a teoria acerca do personagem. “Eu o incentivei a pesquisar e ele obedeceu. Agora sabemos, por documentos, onde o pirata viveu e foi enterrado”, completou Greca, que na infância ouvia de familiares a saga de Zulmiro.
Greca fez questão que as crianças de gerações posteriores à sua também a conhecessem. Em sua primeira gestão como prefeito (1993-1996), a coleção de livros didáticos Lições Curitibanas trazia informações sobre o personagem.
Zulmiro deixa pegadas
Ofenbock conta que baseia suas pesquisas em informações extraídas de documentos de cartório, registros de cemitério, jornais de época e junto à representação diplomática britânica. Por meio delas, apurou que o pirata Zulmiro foi um tenente da Marinha Britânica chamado Francis Hodder, filho de nobres ingleses nascido em Cork, na Irlanda, entre 1798 e 1799.
Segundo o pesquisador, relatos encontrados informam que o personagem optou pela vida de pirata ao desertar da Marinha, depois de ter assassinado um superior. Veio parar na América do Sul, onde em 1821 saqueou o navio espanhol que carregava riquezas pilhadas da catedral de Lima, no Peru. Preso, conseguiu fugir.
Subiu a Serra do Mar e se fixou em Curitiba em 1835, com o nome de João Francisco Inglez.
Na cidade, Zulmiro adquiriu terras e se instalou no ponto mais alto do terreno atualmente ocupado pela Universidade Livre do Meio Ambiente, no Pilarzinho.
Sua história só começou a vir à tona quando foi procurado por Edward Young, também inglês residente no Rio de Janeiro. De passagem por Curitiba, ele fica sabendo da existência de um velho que falava inglês e decide conhecê-lo. A princípio, duvidou da história. No entanto, resolveu publicá-la em um jornal da época depois de saber da morte do velho pirata.
João Francisco Inglez foi enterrado no Cemitério Municipal, no bairro São Francisco, em 24/8/1889, perto dos 90 anos de idade.
Presenças
Participaram do evento a representante da família de origem inglesa Gomm, Irene Gomm; a esposa do cônsul honorário do Reino Unido em Curitiba, Manuela Navroski; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro; e o diretor do Patrimônio Cultural do órgão, Marcelo Sutil.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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