22.08.2014Cinemateca apresenta filmes do diretor haitiano Raoul Peck

A Cinemateca de Curitiba apresenta de 25 a 30 de agosto um ciclo de cinema haitiano, com a exibição de seis filmes do diretor Raoul Peck. Ativista político e ex-ministro da Cultura do Haiti, Raoul Peck imprime em seus filmes as marcas da sua experiência política. Seus filmes abordam temas como a histórica política do Haiti, os movimentos de independência africanos, as relações de dominação e desigualdade social.

Peck nasceu em 1953 na cidade de Porto Príncipe, capital do país. Viveu no Congo, Estados Unidos, entre outros países. Trabalhou como jornalista e formou-se em cinema na Berlin Academy of Film and Television. Seu longa-metragem “O Homem nas Docas” foi o primeiro filme haitiano lançado nos Estados Unidos. Um dos filmes que o consagrou foi “Lumumba”, sobre o herói da independência do Congo.

No dia 29 de agosto, após a sessão de exibição do filme “O Homem das Docas”, haverá um bate-papo com o historiador Clóvis Gruner, com o tema “Cinema e história em Raoul Peck: aspectos do Haiti contemporâneo”. Clóvis Gruner é historiador e professor do curso e da pós-graduação em História da Universidade Federal do Paraná. Os filmes desta mostra pertencem ao acervo do CineFrance – Cinemateca da Embaixada da França.

Programação:

Dia 25/08 – Canto do Haiti – Haitian Corner (Haiti 1987). Com Patrick Rameau, Toto Bissainthe. Em cores/98’.
Joseph Bossuet visita com frequência a Haitian Corner, pequena livraria haitiana localizada em Nova York. Joseph esteve preso no Haiti, onde conheceu as práticas dos membros da milícia paramilitar haitiana: os Tontons Macoutes. Um dia, ele reconhece um de seus torturadores. A vida de Joseph é então tomada por seu forte desejo de vingança.

Dia 26/08 – Lumumba – (Alemanha, Bélgica, França 2000). Com Alex Descas, Eriq Ebouaney. Em cores/116’.
Janeiro de 1961. A noite da savana africana é tumultuada por uma cena macabra: dois homens brancos, bêbados de apreensão e álcool, tentam desaparecer com três corpos embrulhados em sacos sujos de sangue: Patrice Lumumba, primeiro-ministro do Congo, acaba de ser assassinado, assim como Maurice Mpolo e Joseph Okito. Ao mesmo tempo ficção e documento histórico, “Lumumba” compõe um belo retrato de um dos heróis da independência do Congo. O filme foi indicado ao Independent Film Awards de Melhor Filme Etrangeiro.

Dia 27/08 – Lumumba, a Morte do Profeta – Lumumba, la mort du prophete (Alemanha, França, Suíça 1992). Em cores/69’.
Documentário sobre o líder político africano Patrice Lumumba, primeiro- ministro do Congo, assassinado em 1961.

Dia 28/08 – Moloch Tropical – (França 2009). Com Sonia Rolland, Zinedine Soualem. Em cores/106’.
Jean de Dieu Théogène, presidente do Haiti, vive cercado por sua mulher e seus colaboradores. Recluso em um palácio, o presidente observa uma rebelião popular tomando forma. O aniversário de 200 anos da independência se aproxima e o caos se instaura. Mas Jean não se rende facilmente e tenta acabar com a revolta…

Dia 29/08 – O Homem nas Docas – L'Homme sur les Quais (Canadá, França 1992). Com Jean-Michel Martial, Jennifer Zubar. Em cores/105’.
Através da história de uma jovem menina haitiana, Raoul Peck evoca a ditadura de François Duvalier. Após a exibição do filme, bate-papo com o historiador Clóvis Gruner.

Dia 30/08 – O Lucro e Nada Mais – Le Profit et Rien D’Autre ou: réflexions abusives sur la lutte des classes (Bélgica, França 2000). Em cores/57’.
Como o mundo vê Port-à-Porter, pequena cidade do Haiti reduzida a ruína e a decomposição social? Como as potências do Ocidente se colocam frente à situação da cidade? Raoul Peck explora questões como essas, evidenciando a forma que problemas como esses penetram nas relações humanas. Peck compõe sua obra através do cruzamento de linguagens e suportes de captação, utilizando filmagens de cenas cotidianas, entrevistas, imagens de arquivo e outros meios. Corrosivo, o documentário denuncia as perversidades e absurdos de um sistema arcaico e excludente.

Classificação Indicativa: 14 anos
Horário: 18h
Local: Cinemateca de Curitiba
Ingresso: gratuito

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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