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02.08.2010Artes plásticas e linguagem textual interagem em exposições no Solar do Barão
Artes plásticas e linguagem textual se complementam nos trabalhos de quatro artistas que comandam exposições nos Museus da Gravura e da Fotografia, no Solar do Barão. As mostras integram as 12 propostas selecionadas pela edição 2009 do edital Bolsa Produção para Artes Visuais, que podem ser apreciadas até o próximo domingo (8). A entrada é franca.
O programa Bolsa Produção para Artes Visuais é uma iniciativa da Fundação Cultural de Curitiba, concebida com o objetivo de incentivar diretamente as manifestações de artes visuais desenvolvidas na cidade. Os projetos em várias técnicas foram escolhidos por uma comissão de curadores e críticos de arte, que também acompanhou os artistas, durante o desenvolvimento dos trabalhos. Dessa forma, os selecionados puderam agregar, durante o processo, a opinião e a orientação de especialistas.
Palavra e imagem – A experiência de Joana Corona como escritora e também como pesquisadora forma sua identidade artística e contamina sua produção no campo das artes visuais. Essa é a principal interface/fronteira na qual Joana atua, entre literatura e artes visuais, produzindo simultaneamente em ambas e perseguindo a questão da palavra como imagem (e objeto) e da imagem como texto. Na exposição Verso, uma máquina de escrever estilizada marca a trajetória dessa artista que atualmente trabalha também como revisora de língua portuguesa.
Em workshop no dia 4 de agosto, das 18h30 às 20h, no Solar do Barão, Joana Corona se propõe atrabalhar processos de construção da palavra, utilizando a imagem reproduzida por técnica de serigrafia. O encontro é a contrapartida social da artista para o Programa Bolsa Produção para Artes Visuais 4 e tem como convidado o artista plástico C. L. Salvaro.
Pesquisa visual – O projeto Reorganizações Urbanas deu origem à exposição de mesmo nome, sob a responsabilidade de Gustavoprafrente. Trata-se de uma das vertentes do trabalho que a princípio foi desenvolvido em conjunto pelos artistas Gustavoprafrente e Bebaprafrente. A primeira fase gerou um impresso de aproximadamente 60 páginas, com registros fotográficos e textos. A segunda vertente, realizada somente por Gustavoprafrente, resultou em uma série de objetos fotográficos que utiliza o registro fotográfico de ações de reorganização espacial de elementos materiais encontrados nas ruas da cidade. As fotos mostram o espaço antes e depois das intervenções, e dão início a uma pesquisa visual autônoma, voltada para o espaço expositivo convencional das artes visuais.
Narrativas autobiográficas – Clovis Cunha sentou no computador e escreveu a doze pessoas com as quais havia se relacionado nos últimos dez anos. Por e-mail, elas sugeriram uma roupa que pudesse sintetizar traços da personalidade do artista. Essas roupas seriam utilizadas por ele em sequências fotográficas, gerando verdadeiras narrativas autobiográficas. Para algumas narrativas – que formam a exposição Aquele biografado – não bastou trajar a roupa sugerida. Clovis teve que viver ou inventar situações. O projeto fez o artista compreender que revivê-las, ainda que como recurso de construção de linguagem, modifica a natureza primária dos acontecimentos, alterando a percepção da verdade.
Dupla interpretação – A poesia revelada na exposição 100 Importâncias está nos versos e nas dezenas de pequenas reproduções fotográficas que a artista Nicole Lima colocou na parede de uma das salas do Solar do Barão. As chapas de acrílico utilizadas para prensar as fotos é uma técnica que chama a atenção. Poemas escritos pela própria Nicole ou de outros autores surpreendem o visitante que pode arrancá-las de um bloco e levar para casa. A poesia que dá nome à exposição e que leva o número 100, remete à dupla interpretação. O oposto de “100” – um número que representa a nota máxima – pode ser o vazio da palavra “sem”. Assim, ao mesmo tempo a obra adquire e perde valor, encontrando seu ponto de equilíbrio em algo que está entre o todo e coisa nenhuma.
Serviço:
Exposições do programa Bolsa Produção:
Ornitologia Urbana – Experimento nº 1, de Ana Bellenzier
Aquele biografado, de Clovis Cunha
Mirada, de Deborah Bruel
Quase, de Gilberto Kosiba
Verso, de Joana Corona
[ Nada a ver ] Ou :mmm hm, hm hmmm if I could melt your heart, de Margit Leisner
O Etnógrafo Naïf, curadoria de Pierre Lapalu – desenhos de Joaquim Nunes de Souza , o Joca
Quando prendo o tempo as coisas se tocam, de Marisa Weber
100 Importâncias, de Nicole Lima
Reorganizações Urbanas, de Gustavoprafrente
Desvios, de Juliana Gisi
A Casa, o quintal e o bairro, de Mainês Olivetti
Local: Museu da Gravura e Museu da Fotografia / Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533 – Centro)
Data: Até 8 de agosto de 2010
Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Sábados e domingos, das 12h às 18h.
Entrada franca
Informações: (41) 3321-3367
Agendamento de visitas monitoradas: (41) 3321-3275
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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