Pavilhão Étnico recebe comunidade cigana de Curitiba O Pavilhão Étnico recebeu neste domingo (17) a comunidade cigana de Curitiba. Danças com ritmos ciganos e um desfile do vestuário típico da etnia foram apresentados ao público, no Memorial de Curitiba. Dois diferentes grupos se apresentaram – os roms, originários do Leste europeu, e os calons, vindos majoritariamente da Espanha e Portugal. De acordo com Maurício Cristo, presidente da Federação Nacional dos Ciganos do Brasil, a comunidade em Curitiba reúne aproximadamente 300 pessoas. São descendentes de famílias que se instalaram na cidade há aproximadamente 100 anos e se adaptaram aos costumes locais e também famílias que, guardando fortemente suas tradições, vivem em acampamentos na Região Metropolitana. As apresentações ficaram por conta das dançarinas Camila Nickel e Nathy Müller. Camila com o seu grupo OZ Música e Dança representou as danças ciganas da Turquia (Roman Havasi) e da Espanha (Rumba Catalana), e também fez uma performance com música Rom. Camila, que em função do seu trabalho artístico tornou-se uma pesquisadora dessa cultura, explica que há uma diversidade de danças ciganas pelo mundo, que se diferenciam de acordo com país. “A dança cigana se molda e se constrói com a mistura da bagagem cultural de um determinado grupo com as danças dos locais onde se fixam. Por isso, se diferenciam muito entre si, pois cada uma possui seu ritmo, sua ginga, sua música, sua história, sua vestimenta, seus acessórios. O que todas têm em comum é a paixão e a despreocupação. Os ciganos dançam livremente improvisando e seguindo a energia do momento”, descreve Camila. Nathy Müller também é uma estudiosa e apaixonada pela cultura cigana. Fez vários cursos no Brasil e participa de encontros anuais de ciganos. No Pavilhão Étnico ela fez uma apresentações de danças tradicionais e um solo da Rússia, com o pandeiro, num ritmo que remete aos Roms, além de outras duas danças ciganas artísticas. Uma delas faz alusão à Ópera Carmen, de Bizet, e a outra tem acompanhamento de músicos profissionais tocando ao vivo – um no violão e outro no bongo. É uma Rumba Gitana, ritmo completamente contagiante devido à mistura do flamenco com uma batida forte cubana”, conta Nathy Müller. Pavilhão Étnico – Cultura Cigana Memorial de Curitiba - Centro Histórico 17 de setembro de 2017 Curitiba - Paraná - Brasil